Amigos, familiares, ex-vereadores, ex-integrantes do movimento e militares renomados participaram da sessão. Ele relembrou o período de dez anos em que exerceu o mandato como vereador, na década de 1980, onde presidiu a casa por dois anos:"Canoas era Área de Segurança, então era muito difícil ser vereador naquela época. Como presidente da Câmara, eu precisava cassar a palavra dos vereadores com medo de fossem expugardos pela ditadura"afirmou.
"Eu e o Ivo Lech, temos muitas histórias para contar desse tempo, eu só tenho a te agradecer pelo companheirismo, por ele ter sempre me prestigiado e também por ter apanhado junto comigo, somos grandes amigos até hoje" relembrou Calixto.
Ele também falou das razões da renúncia de Quadros, a pretenção dos ministros militares e a resistência dos gaúchos. No final da sessão ele anunciou a segunda edição do livro - Os Sargentos da Legalidade - lançado em 2011 com o apoio da Prefeitura de Canoas. O livro narra os principais fatos que culminaram com o Movimento da Legalidade, liderado pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, que defendia a manutenção da ordem jurídica, com a posse do vice, João Goulart.
Nascido em 06 de junho de 1929, em Palmeira das Missões, Calixto mudou-se para Canoas em 1946. Serviu no 3º Regimento de Aviação, antiga 5ª Zona Aérea, atual V Comando Aéreo Regional (V Comar). Foi oficial de gabinete da Secretaria Estadual da Fazenda durante o governo de Brizola, em 1960. Requisitado pelo então presidente da República João Goulart, ficou à disposição para pilotar os aviões da Superintendência de Política Agrária. Durante o Golpe Militar de 1964, foi cassado e preso.
Texto: Vanessa Coimbra (DRT 15.508)
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